sábado, 4 de agosto de 2012

Segundo Gerdau e Belini, educação desponta como gargalo para o desenvolvimento do país.

Nos últimos anos, uma mudança no eixo da economia mundial tem feito com que países emergentes aproveitem o bom momento para adotar iniciativas de fortalecimento da indústria nacional. É o caso do Brasil com seus estímulos à inovação e melhoria da competitividade de seus produtos. Apesar dos esforços, esse cenário de uma nação ideal ainda enfrenta gargalos, a exemplo do sistema educacional, que não favorece nem potencializa tais incentivos. A educação desponta, então, como um dos principais desafios para a continuidade do desenvolvimento do país.

Esse dilema será o foco da discussão inicial do 20º Seminário Internacional em Busca da Excelência, que a Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) realiza nos dias 14 e 15 de agosto, em São Paulo. Com o tema “Educar para transformar: o desafio para um Brasil competitivo”, o primeiro painel de debate contará com a participação de Cledorvino Belini, presidente da Fiat no Brasil, e Jorge Gerdau Johannpeter, presidente do Conselho de Administração da Gerdau e presidente da Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade da presidência da República.

De acordo com Gerdau, o investimento em educação é determinante e, sem ele, o Brasil não conseguirá chegar a um patamar adequado de desenvolvimento econômico e social no longo prazo. “A educação tem um impacto profundo e duradouro em toda a estrutura do país, formando bons cidadãos, qualificando o mercado de trabalho e, consequentemente, aumentando a produtividade dos governos e empresas e o capital social da nação”, explica. O executivo aponta também que, para alcançar um sistema de qualidade, é preciso, primeiramente, buscar uma efetiva consciência de que a educação é um direito e um dever de todos.

Belini compartilha da mesma opinião e acredita que a qualidade da educação ainda não responde às necessidades de geração de mão de obra qualificada para os diversos setores da economia, sobretudo aqueles voltados para a inovação e disseminação de novas tecnologias. Ele destaca que, numa sociedade sustentável, os três pilares (governo, sociedade e iniciativa privada) devem contribuir para a formação humana e a transformação social, mas a iniciativa privada tem um papel fundamental. “As empresas têm o poder do capital e de sua própria estrutura, formando uma grande capacidade de estimular a inovação e o desenvolvimento tecnológico. Sua atuação pode vir por meio de atividades sociais, cursos de capacitação dentro e fora das empresas, educação continuada para os empregados, fomento a pesquisas, parcerias com universidades, etc. As ferramentas e oportunidades são múltiplas, mas o que irá definir sua eficácia será o comprometimento da empresa com este propósito”, ressalta.

O sucesso do país está, enfim, diretamente relacionado com sua capacidade de exportar inteligência e valor agregado, oferecendo produtos com alta tecnologia, inovação e qualidade. Para isso, é preciso que as mais diversas esferas da sociedade se esforcem e atuem a fim de estimular, em todos os níveis, a melhoria da educação. “Somente conseguiremos um Brasil melhor, do ponto de vista do seu crescimento sustentável e do capital social como nação, se garantirmos uma educação de qualidade para a atual e as futuras gerações”, conclui Gerdau.

Aprendizado organizacional
http://www.fnq.org.br/site/ItemID=4593/369/default.aspx

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