Esse dilema será o foco da discussão inicial do 20º Seminário
Internacional em Busca da Excelência, que a Fundação Nacional da Qualidade (FNQ)
realiza nos dias 14 e 15 de agosto, em São Paulo. Com o tema “Educar para
transformar: o desafio para um Brasil competitivo”, o primeiro painel de debate
contará com a participação de Cledorvino Belini, presidente da Fiat no Brasil, e
Jorge Gerdau Johannpeter, presidente do Conselho de Administração da Gerdau e
presidente da Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade da
presidência da República.
De acordo com Gerdau, o investimento em educação é
determinante e, sem ele, o Brasil não conseguirá chegar a um patamar adequado de
desenvolvimento econômico e social no longo prazo. “A educação tem um impacto
profundo e duradouro em toda a estrutura do país, formando bons cidadãos,
qualificando o mercado de trabalho e, consequentemente, aumentando a
produtividade dos governos e empresas e o capital social da nação”, explica. O
executivo aponta também que, para alcançar um sistema de qualidade, é preciso,
primeiramente, buscar uma efetiva consciência de que a educação é um direito e
um dever de todos.
Belini compartilha da mesma opinião e acredita que a
qualidade da educação ainda não responde às necessidades de geração de mão de
obra qualificada para os diversos setores da economia, sobretudo aqueles
voltados para a inovação e disseminação de novas tecnologias. Ele destaca que,
numa sociedade sustentável, os três pilares (governo, sociedade e iniciativa
privada) devem contribuir para a formação humana e a transformação social, mas a
iniciativa privada tem um papel fundamental. “As empresas têm o poder do capital
e de sua própria estrutura, formando uma grande capacidade de estimular a
inovação e o desenvolvimento tecnológico. Sua atuação pode vir por meio de
atividades sociais, cursos de capacitação dentro e fora das empresas, educação
continuada para os empregados, fomento a pesquisas, parcerias com universidades,
etc. As ferramentas e oportunidades são múltiplas, mas o que irá definir sua
eficácia será o comprometimento da empresa com este propósito”, ressalta.
O sucesso do país está, enfim, diretamente relacionado com
sua capacidade de exportar inteligência e valor agregado, oferecendo produtos
com alta tecnologia, inovação e qualidade. Para isso, é preciso que as mais
diversas esferas da sociedade se esforcem e atuem a fim de estimular, em todos
os níveis, a melhoria da educação. “Somente conseguiremos um Brasil melhor, do
ponto de vista do seu crescimento sustentável e do capital social como nação, se
garantirmos uma educação de qualidade para a atual e as futuras gerações”,
conclui Gerdau.
Aprendizado organizacional
http://www.fnq.org.br/site/ItemID=4593/369/default.aspx
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