7 – Quando vai estar bom o resultado?
Agora vem o X da questão. Nesse ponto temos o momento mais crucial de todos. De nada adianta ter um indicador bem construído se ele não gerar bons resultados. Correto? Errado! Muito errado.
Indicador só indica. Ele não tem braços, pernas e voz ativa. Ele também não aponta solução alguma. É apenas um sinalizador. Um orientativo do que está acontecendo e do que pode vir a acontecer. Para que ele demonstre um bom resultado ações devem ser tomadas. Ações concretas e pautadas em números, em uma mensura correta e confiável. Ele existe para que se tenha assertividade no processo decisório. Afinal, não se controla o que não se mede.
E como ele pode ajudar nisso? Através de metas. É a determinação delas, e esse tema por si só já é pauta para um novo artigo, que vai tornar o uso do indicador mais eficaz.
Nesse momento frases como “sempre foi assim”, “eu acho...”, “tenho certeza que o maior problema é esse” e adjacências devem ser abolidas. Entram em pauta “o número vem crescendo desde tal dia”, “há uma tendência de queda desde...”, “o maior problema apontado é...”.
Achismos e acreditações NÂO devem ser motivo mais de justificativas.
E não esqueça de determinar seu limite de trabalho. O que é isso? São margens de trabalho para controle de resultados.
Exemplo: a média de um indicador é 10. O limite superior me diz que eu não posso aceitar um indicador que chegue a 12, por exemplo, por que essa variação seria danosa ao meu processo. E meu limite inferior me diz que o considerado aceitável é que baixe até 8. Os limites indicam a partir de quando eu posso considerar aceitável uma variação no meu resultado, sem que isso seja necessariamente um problema, como deixa claro que, se o resultado extrapolar essa faixa de trabalho, para mais ou para menos, algo importante deve ser analisado. Entendeu? Não?
Nada é constante, até uma linha reta deixa de sê-lo em outras perspectivas, portanto variações são comuns e aceitáveis. Os limites superiores e inferiores dizem até que ponto isso é tolerável. Caso um resultado extrapole esse limite, chegue aos 15, por exemplo, é sinal de que algo muito errado está acontecendo, isso também deve ser verificado caso baixe para 6. Um número bom? Sim, sem dúvida. Mas em um processo controlado, essa fuga é suspeita e merece ser investigada.
A Sétima pergunta é: Meu indicador mostra uma meta e seus limites de controle?
A Sétima lição: Conheça um mínimo de estatística básica.
8 – Quem é o responsável?
Quando pego um indicador de uma empresa para avaliar sempre tive de perguntar quem é o responsável por ele. E dificilmente sabem responder quem é. Acredite. Falta essa informação básica, mas necessária.
O importante aqui não é indicar o culpado, caso o resultado vá mal, ou o benfeitor, caso esteja tudo dando certo. Isso é útil para demonstrar quem responde, não necessariamente pela informação contida, mas pela gestão do resultado, pelo controle das variáveis.
Em uma reunião crítica de melhoria é essa pessoa que tem que demonstrar domínio sobre o indicador, conhecer suas variáveis, suas nuances, o processo relacionado e acima disso tudo, é a pessoa indicada a quem se procurar para que se possa entender tudo isso. Ela é o elo entre o processo e o cliente, seja ele interno ou não. É quem deve possuir total domínio sobre seu entendimento e bom nível de conhecimento sobre como controlar suas variáveis, mesmo que não esteja tendo êxito naquele momento.
A Oitava pergunta é: O gestor do indicador está definido?
A Oitava lição: Não confunda o responsável pela informação com o da gestão.
9 – Como se deve apresentar?
Aqui está a parte considerada por muitos pura besteira, alvo de piadinhas e algum sarcasmo. Mas não esmoreça. Dedique tempo sim a uma boa apresentação. Estude o lay-out para o modelo que melhor se encaixe no tipo de informação que você queira mostrar.
Avalie cores para realçar as informações e destacar itens críticos que não agridam nem tornem a impressão um panfleto de carnaval. Use fontes simples, nada de letras enfeitadas e estilosas, seja prático. Crie gráficos com efeitos simples, a idéia de volume sempre agrada, e capriche muito no esforço de tornar essa enorme quantidade de informação em algo simples e fácil de entender. Isso não é firula, é clareza.
A Nona pergunta é: Consigo extrair a informação que preciso em menos de 5 segundos?
A Nona lição: Estude um pouco de design.
Continua...
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