quinta-feira, 1 de novembro de 2012

A Lei de Murphy e a Qualidade

 

Praticamente todo mundo hoje sabe quem foi o Major Edward A. Murphy Jr., criador da famosa (ou famigerada) Lei de Murphy: “Se alguma coisa pode dar errado, com certeza dará”. – Portanto, vou me abster de resumir sua biografia aqui.
A Lei de Murphy é uma lei epigramática (???), ou seja, o enunciado de uma observação, percepção ou ideia que, mesmo não sendo exatamente verdadeira, parece inevitável às pessoas comuns tanto quanto uma lei natural (como o é a lei da gravidade, por exemplo). – Tá, a explicação não ficou nada simples mas é isso que faz essa “lei” parecer tão convincente…
“Em seu espírito original, ela trata de usabilidade: se todas as formas de fazer algo errado com um produto pudessem ser levadas em consideração, a possibilidade de erro em seu uso seria eliminada. Esta preocupação com o usuário final e com a qualidade do produto acabou sendo ofuscada por pessimistas barulhentos, que se apropriaram do conceito e fizeram com que passasse a representar um fatalismo negativista, como se todas as forças da natureza conspirassem para provocar desastres e dissabores. Esta vertente fatalista é a que provoca mais risadas e a que transformou a Lei de Murphy num sucesso humorístico com incontáveis variações.” – Fonte: Ceticismo.net
Seguem abaixo algumas frases derivadas da Lei de Murphy:
Nada é tão ruim que não possa piorar.
Tudo que começa bem, termina mal. Tudo que começa mal, termina pior.
A fila ao lado sempre anda mais rápido.
Amigos vêm e vão, inimigos se acumulam.
Se você está se sentindo bem, não se preocupe. Isso passa…
A probabilidade do pão cair com a manteiga virada para baixo é proporcional ao valor do tapete.
Se está escrito “Tamanho Único”, é porque não serve em ninguém.
A luz no fim do túnel é o trem vindo na sua direção.
A maioria dos trabalhos manuais exige três mãos para serem executados.
O vírus que seu computador pegou, só ataca os arquivos que não tem cópia.
Você nunca vai pegar engarrafamento ou sinal fechado se sair cedo demais para algum lugar.
Embora a “Lei de Murphy” seja algo que diverte, pois muitas frases pessimistas (mas engraçadas) foram geradas a partir dela, na verdade considerá-la seriamente é algo prejudicial. Desculpem estragar a brincadeira, mas na Qualidade não cabem referências a ela… Convém lembrar inclusive que o próprio Murphy morreu insatisfeito com as interpretações que deram a sua frase que acabou se cristalizando na cultura popular como piada sarcástica, mas que na verdade era apenas sua interpretação de um princípio de segurança em projetos: considerar a pior condição possível como parâmetro para evitar acidentes…
O fatalismo causado por essas frases e suas derivações parece inutilizar o trabalho da Qualidade, pois se realmente a mínima probabilidade de algo dar errado fosse obrigatoriamente certeira, não faria sentido desenvolvermos ações preventivas! O mundo seria um caos e não poderíamos fazer nada… Só lamentar e correr atrás do prejuízo (ações corretivas, oi).
Por sorte ela não é real como parece, e podemos pensar em SGQ´s perfeitos, batalhando diariamente para que se tornem assim!…


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